09/04/2008

A ti meu Avô...



Ontem fez dez anos...
Uma década de anos que não te vejo com os olhos...
Mas que não foram suficientes para te apagar dos meus dias, todos, mas todos os dias, sabias?

Olho para o céu... onde acredito que estás... quando quero sonhar e acreditar,
Ao meu lado, quando sinto os meus pés perdidos,
A tua mão na minha... quando preciso da tua força, do teu consentimento para pequenos grandes passos que vou dando... desde que a minha vida perdeu a tua cor e por isso ficou vazia... e tremendamente mais pobre...

Hoje, pela primeira vez tive vontade de te escrever, 
Embora saiba que lês todos os dias o meu coração,
Hoje... é so mais um dia que falo de ti... que falo contigo com uma certeza imensa que estás sempre comigo... e eu... contigo...

Fazes-me falta...
Nos pequenos e nos grandes momentos...
Recordo com tanta nitidez... e com uma verdade tão absoluta... do teu sorriso por mim e para mim... quando te envaidecias com as minhas traquinices de criança ou com a preserverança de uma menina mulher... que ainda viste nascer...

Muitas vezes, pergunto-me...
Será que ainda sorris quando me vês?
Ainda tens orgulho em mim e no que sou ou querias estar aqui para me lembrares de outros caminhos que devia ter seguido?

Tenho a tua carteira guardada comigo....
Aquela velha carteira onde guardavas a minha fotografia, com um orgulho imenso... 
Sabias que é um dos meus maiores tesouros? Também o era para ti... e não podia ser diferente...

Sinto por ti um amor imensurável...
o mesmo que sentias por mim...
e hoje... que não estás aqui para te cantar os Parabéns, 
Não posso deixar de celebrar o dia em que nasceste ...
Foste uma das pessoas que mais me AMOU...
E que eu amarei sempre...